Carlos Eduardo Pereira Viana
Guarda Civil Municipal; Segurança Pública; Militarização; Armas Letais
No presente trabalho descrevo e analiso o debate sobre a posse de armas letais por agentes da Guarda Civil Municipal de Niterói. A partir do material construído com base na etnografia realizada, decidi por estabelecer uma análise da experiência em Niterói tomando como caso de contraste o processo de debate no Rio de Janeiro.
A linha de indagação que guia este trabalho pode ser entendida como um olhar que tangencia as questões sobre o processo de militarização da instituição com a busca concomitante pelo “respeito” da população.
Transformando o debate sobre o uso de armas letais pela Guarda como um fator determinante para, de um lado, fortalecer a identidade da Guarda como uma instituição civil, rompendo com os simbolismos e práticas militarizadas, e para, do outro lado, (re)construir a imagem no imaginário da população, desligando-se de uma identidade percebida e vivida pelos guardas como inferiorizada, ou, nas palavras deles, da imagem de “guardinhas”.
Identificando neste processo, a mobilização dos camelôs, em ambas as cidades, como principais interessados na negativa da proposta, de um lado da baía via consulta pública a população, e do outro, via votação na Câmara de Vereadores.