Isadora Silva de Araujo
Ilha de Paquetá;espaço;casa;modos de habitar;dinâmicas sociais
As moradias de vilegiatura são historicamente parte integrante dos modos de habitar na Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro, Brasil. Os “veranistas” constituem categoria reconhecida.
Em contraposição, Paquetá vem passando por uma crise do alto-veraneio, ou do veraneio de alta classe. Atualmente, muitas residências antes destinadas para as férias de uma única família, são fragmentadas e alugadas como moradia fixa para pessoas, em geral de classe média, que vêm fugidas das altas dos preços dos imóveis e da violência na metrópole.
Meu interesse é buscar compreender justamente esses novos modelos de apropriação do espaço, que surgem a partir de um contexto histórico localizado e de que forma serão responsáveis por uma mudança nas dinâmicas sociais do lugar. Para tal, é necessário reconstituir as diferentes formas de ocupação espaciais ao longo do tempo, integrando a ilha às dinâmicas da cidade do Rio de Janeiro.
Partindo então de uma problematização teórica sobre esses processos de ocupação é possível explorar essa nova possibilidade de morar que surge na ilha, tratando a casa como fonte de conhecimento e reveladora de julgamentos estéticos, históricos e políticos.